28/03/2018

velório

meu amigo
n'uma caixa de madeira
eternamente dormindo.
que cena!
jazia sorrindo
- que seja dito -
como se ainda 
estivesse vivo.
como se dissesse:
tá tudo bem,
querido.
funesto? talvez.
não sei. não.
não teve graça,
mas entendi o recado
dos silêncios
que nos avisam:

- vivam!